Tomate sofre aumento de 233%, afirma FGV


 A Fundação Getúlio Vargas (FGV) constatou um aumento de 233% no preço do tomate neste inverno, fato considerado alto, já que um estudo mostrou que o período de alta mais agudo do preço do tomate vai de janeiro a abril.

Em Extrema, o preço nos principais mercados e quitandas da cidade está em uma média de R$ 5,50 o quilo do produto nacional. O tomate italiano chega a R$ 8,99, superando o preço de alguns cortes de frango, que estão custando em média R$ 5.

De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), uma série de fatores pode levar ao encarecimento do produto, como pragas ou a temperatura. “O tomate possui uma cultura extremamente sensível. Qualquer baixa na temperatura, ou excesso de chuva, danifica instantaneamente o produto”, afirmou a instituição.

Segundo o engenheiro agrônomo Hélio João Farias, responsável pela unidade da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em Extrema, o fato de o tomate continuar com preço elevado mesmo após a entressafra, em junho, foi uma surpresa.

“Julho foi um mês com frio e chuva rigorosos, e isso levou à perda de muito produto. O tomate plantado em Minas Gerais, que deveria ir para o Ceasa em Contagem, está sendo vendido para São Paulo e para a região sul, que sofreu muitas perdas, e está oferecendo preços melhores. Assim, com a falta de produto no estado, o preço aumenta”, explicou Hélio.

O tomate é importante, explica a culinarista Mariza Dias, porque é um fruto rico em licopeno e contém vitamina C. “Licopeno é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, dentre outros alimentos. É um antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células causados pelos radicais livres”, conta.

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